quarta-feira, julho 27, 2005

O rebuçado

Liguei a televisão ao acaso. Não foi bem ao acaso. A quantas acções não tentamos atribuir a culpa do acaso. Afinal a vontade sabe do que é capaz. Tentei escrever alguma coisa da minha cabeça, mas o filme que passava na televisão condicionou-me. Ouvi sem me interessar pela imagem, uma voz feminina: “Detesto anis. Desde que era pequena e tirava o rebuçado de anis de entre os vários sabores que existiam dentro do boião. A mulher dava-me sempre a escolher. Mas não o podia fazer, sob o olhar reprovador da minha mãe. Desejava retirar o de laranja ou o de limão, mas quantas vezes não vinha o caralho do anis. Restava-me esperar pela sorte.”.

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