quarta-feira, março 01, 2006

deve ter ido à vida dela

a juventude trespassa a pessoa como um grito? trespassa não trespassa? os filhos das pessoas os pais das pessoas querem lá saber das vísceras querem é saber do tempo do tempo que se demora a vir do tempo que se demora a virem vivem obcecados com a felicidade das moscas em volta da cesta de fruta em volta das lâmpadas acesas em horário nobre ligam a capas gastas de sapatos de couro às leituras que não fazem sobre os deuses de cabeceira e vidas paralelas e medicinas gerais escamoteiam a história (não sei onde anda, deve ter ido à vida dela) pensam ter futuro por si própria é mentira digo-te que é mentira que não sei da verdade rapo pratos restos, respigo. A razoabilidade social.

1 comentário:

Anónimo disse...

A blogoesfera anda meia deserta para poemas assim, a blogosfera e os livros de moda. Nega-se o hausto e o pensamento poético, e por "escola" e parolice vai-se aceitando o social porque vem da estranja. Um poema de cabo a rabo, de estrutura sólida, e não apenas o gostei muito.