sábado, setembro 13, 2003

Saudação

Leio o post longo de Pedro Mexia até ficar contente. A sua poesia mexe comigo, quanto admiro o seu empenho em divulgar outros poetas. É claro que o facto de ambos termos passado pelo Jovem também tem a sua quota parte neste afecto pela sua coisa impressa. Como a outros que aqui há. Mas confesso que achava o seu blog demasiado irritante. Não o disse nem tinha que o dizer. A este nível, no dominio pessoalissimo dos blogs, só falo do que me seduz e se aí se deduz o que me irrita, bom, fico contente. Somos os nossos afectos e os nossos afectos são-nos a nós. Assim como aos desafectos. Pedro Mexia não tem nada a ver com o facto de a sua poesia me seduzir e do seu blog me irritar. É um problema meu e resolvo-o com facilidade clicando na minha estante em vez de ir lá visitá-lo regularmente na blogosfera. Tenho uma discreta piedade, decerto cristã, por aqueles que visitam regularmente os seus ódios de estimação para desancarem nos ditos. Agora já posso dizê-lo, porque o autor reorientou o leme, o que me irritava sobremaneira no Blog de Pedro Mexia, mesmo reconhecendo-lhe a irreverência e a inteligência que no outro dia lhe saudava o José Carlos Barros, era esta mania meio tonta que temos de pensarmos que se dissermos que somos de esquerda ou de direita, a torto e a direito, isso acrescenta algo de significativo à "esposição do nosso eu". Saudo por isso o renovo no leme de Dicionário do Diabo, no contentamento de haver mais um blog para eu ler.

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