domingo, outubro 12, 2003
Re:Re:Re:Re:Re
esta palavra não é esta palavra, apenas a eternidade que demorou a escrever-se. pudesse eu dar-vos esse tempo. só escreves coisas tristes, disseste, enquanto fechavas à chave...o que é que fechavas à chave? não me lembro o que era. só me ocorre o barulho das voltas com que a chave torneava a fechadura. o som. o som no tempo. não escreveria outra coisa se soubesse. mas não sei. tenho que meter tudo num corpo e... E o quê? há pouca coisa mais verdadeira em mim do que as personagens que criei. criaste o quê? como és capaz de dizer isso? elas vieram ter contigo, tive de te abanar, despertar... A Esmeralda...A Esmeralda o quê, esqueceste-te, pá, há quase vinte anos, a resende fazia lisboa-braga em viagens pirata, ela veio, Senora del Rio, lembras-te?, só tinha um lugar livre, ao teu lado, e tu...
A Esmeralda dizia,
"só gostava que houvesse menos cabrões no mundo. nem pedia mais nenhum desejo. gostava até que não houvesse nenhum cabrão no mundo. Fosse português, espanhol, inglês ou chinês, não importa...já alguma vez cheiraste um cabresto? Devia haver neste mundo uma lei que obrigasse toda a gente à nascença a cheirar um cabrão. Toda a gente, fosse católica, apostólica ou romana, todos tinham de dar com os cornos naquele fedor. E tinha de ser à nascença, um minuto depois já era tarde de mais..."
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