sábado, novembro 01, 2003

Hoje não há mundo em mim

acordei tarde, com um anda brincar comigo, 'ai, que me comove de alto a baixo, levanto-me de um salto, que saudades que eu tenho quando era a minha mãe que me acordava e eu ía ficando, ficando, a marinar entre sonhos e fantasias, um miúdo de três anos não compreende estas coisas, enfio-me o mais energicamente que posso nos legos, nos carros, na bola, acabo uma entrada longa, demasiado longa, há coisas assim, hoje é dia de todos os santos, ocorre-me o peditório do pão por deus da minha infância, andavamos com um saco de pano por todas as ruas de Mafra, o comércio desdobrava-se em imaginação para corresponder a esta magia, aqui um bolo de erva doce, além um suspiro, pastilhas, castanhas, nozes, pinhões, rebuçados com cromos enrolados, bilas, o saco de pano, do pão restolhava na sua prodigialidade, era uma autêntica sopa da pedra. e blogo também. navegando. no José Mário Silva encontro uma referência espectacular: BUBA. leio mais ao menos incrédulo diante daquele jorro de escrita dos oitenta e um anos do avô do Ivan Nunes , e penso, como ele, deus existirá.

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