segunda-feira, junho 21, 2004
Ai Portugal, Portugal 0-5
Hoje este meu amigo por quem tenho a maior das estimas, neste trajecto que fiz à procura de um país não demencial, não me ajudou muito. Escreve "../...aqui pertinho do Estádio de Alvalade e o bruáaaaaa de fundo quando Portugal marcou é algo de impressionante. Um grito que ecoou e fez tremer os edifícios. Como se tivesse havido uma explosão colectiva. Depois o desfile interminável de carros a buzinar e de pessoas de todas as idades, empunhando bandeiras nacionais (e do Brasil), encenando uma festa autêntica. Portugal ganhou.../...
Um dia, caro Eduardo, falaremos disto com mais calma, menos cachecóis, bandeiras, gritos, menos bruáaa de fundo e aí tenho a certeza, conseguirei explicar-te porque é que Portugal não ganhou, porque é que nunca Portugal pode ganhar quando atrelado a uma ideia de País que é em si mesma a derrota do real, da poesia, da verdade, da justiça. Poderemos então também perceber que as festas, as autênticas, não se encenam e muito menos assim. Até porque, como escrevias antes do jogo, ontem foi " domingo. Um dia como outro qualquer. Tudo o que possa acontecer no futebol não altera nada de essencial na vida dos portugueses. "
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