domingo, junho 27, 2004
Respirar o mesmo ar (2)
Não tinha ainda um mês de blogosfera quando resolvi criar um blogue chamado Metablogue que, como com alguma provocação se dizia no lado direito, propunha-se ajudar a " libertar a blogosfera da autoreferencialdade avulsa, perdida nos espaços intimos de cada blogue. Ou para a enriquecer com a autoreferencialdade que se vai escutando, avulso modo, nos mais íntimos espaços de cada blogue."
A esse projecto se juntou o João L. Nogueira do Socioblogue, quando nos começámos a falar a partir de uma discussão sobre uma determinada questão. E essa é talvez a primeirissima qualidade que descobri no espaço blogonauta: uma grande delicadeza e uma grande capacidade de poder fazer evoluir uma determindada situação de comunicação independentemente desta se expressar a partir de um diferendo.
Creio que isso se deve em grande parte ao facto dos diferentes interlocutores estarem investidos de um espaço de expressão próprio.
Voltando ainda ao Metablogue e como se lê lá, na introdução: foi criado, em 21 de Julho de 2003,tendo nascido " originalmente no endereço http://www.metablogue.blogspot.com/ com o intuito de recolher os textos com reflexões ou considerações sobre o mundo dos blogues que iam sendo produzidos. Posteriormente a equipa foi-se alargando e o projecto mudou-se para o seu endereço actual: http://www.metablogue.weblog.com.pt/. Actualmente a equipa de editores/ colaboradores do Metablogue é constituída por Joaquim Paulo Nogueira (Respirar o Mesmo Ar), João L. Nogueira (Socio[B]logue), Bruno Sena Martins (Avatares de Um Desejo), Pedro Fonseca (ContraFactos & Argumentos), Paulo Querido (o vento lá fora) e Ferran Moreno (Un Que Passava). "
A mudança de endereço foi assegurada pelo João, assim como os contactos com os restantes colaboradores do Metablogue que acabaram por nunca ser uma equipa e o próprio Metablogue está inactivo desde Novembro de 2003, data do seu último registo.
O que é interessante neste projecto é que dada a sua própria natureza ele continua lá disponível para se poder entender um pouco melhor os estados de alma, as opiniões e as atitudes de uma das fases iniciais da blogosfera, e por outro lado atira-nos desde logo para uma situação quase paradoxal da blogosfera: sendo um meio que se exerce através da escrita e da imagem, meios de registo e de suporte à reflexão, não tem porporcionado momentos muito empolgantes de análise. A Blogosfera, meio não já quente, sim a escaldar, parece conviver bem com a análise e a reflexão mas ao mesmo tempo, parece não as dinamizar muito.
A mim que cada vez me fascina mais a discursividade do fragmento, aqui como em qualquer lugar, e a arte é um dos lugares mais fascinantes, sempre, parece-me que irei ter de arranjar mais algum tempo e voltar de novo ao Metablogue.
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