quarta-feira, junho 30, 2004
Respirar o mesmo ar (8)
Olho este ano que passámos juntos e creio, sem a vossa presença aqui, sobre o meu ombro, eu não teria passado por aquilo que passei da forma como o fiz. Há no sujeito da escrita um sujeito da sua própria vida que se reconhece no procurar, no indagar, no não saber ainda mas que só através do gesto escrevente se começa a inclinar para a hipótese, a possibilidade. Não existe pecado. Existem hipóteses e possibilidades e é nesse jogo dos possíveis que me revejo. Neste espelho e palco fui deixando ficar ecos aspectos bem mais particulares, intimos, um divórcio, deixar de esfumaçar, namorar, as idas ao Mercado de Almas, as conversas entre Peter Pans. E - não há coisa mais intima do que olhar Lisboa quando amanhece sobre o Martim Moniz e o Terreiro do Paço - aqui também ficou um bocado deste palmilhar o Bairro do Amor, a Graça.
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