sexta-feira, julho 16, 2004
Els Joglars
Há uns dez anos atrás encontrei uma entrevista de Albert Boadela num destacável do El Pais que comemorava os vinte anos deste grupo. Logo ali fiquei cativo e seduzido pelo projecto. E agora é a nossa casa que vieram. Ao fim de duas horas em vez de sair com a torrente pela porta subo cá cima e digo que sim. Já não acredito na arte antes. A arte, tal como as casas, as pessoas, a politica, o amor, a economia, as qualidades, são realidades cuja valia se evidencia depois. E aqui essa relação, em mim, aconteceu. Retábulo das Maravilhas, para além do delirio das formas, é puro gozo, puro divertimento e pura malícia satírica. Ontem na conferência de imprensa explicaram o seu despreendimento em relação às subvenções. Foi com gáudio e orgulho que lhes ouvi dizer que a liberdade de criação e a possibilidade de intervirem politicamente através do gozo, da sátira, era um bem inestimável. São assim estes depois. Apenas uma precisão para vós que não me conheceis o cinismo em relação àquilo que tem sido o nosso labor de quase todas as noites: acredito na possibilidade da arte. E acredito que ela nos merece o melhor labor. Porque nesse merecimento está também uma ideia de comunidade outra. E não há nada que nos mereça mais, que mereça mais a nossa entrega, do que a diluição nesse mundo de nós.
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1 comentário:
Ai, ai, ai. (comentário a posts anteriores). Boa noite.
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