terça-feira, julho 20, 2004
O Grande Irmão
Não há bufálos, pradarias, cowboys, apaches e grande irmão não é nome indio. Nem é novo, já o gastámos a analisar as massas, o grande público, os tempos que nos cercam, como um espartilho. E tudo o que criticámos, criticámos bem, parece-me, e deveríamos, deveremos voltar a fazê-lo. O problema não é esse. É que viemos aqui parar por livre arbítrio. Por modismo ou tropismo (quer dizer, aquele um tanto mais de calor no sangue tão próprio dos tropícos), viemos aqui parar. E agora aqui estamos a falar de coisas inteiras por meias palavras e ideias e mesmo isso já é um desnudar que se aproxima do erotismo das almas. Não é ainda a pornografia do espirito nem, provávelmente, o será nunca. Mas talvez tenha chegado a hora de não confiar tanto na nossa estrelinha e de a revalidar com coragem, com o pensamento. Porque nem tudo o que a ele se assemelha o é.
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