quinta-feira, julho 15, 2004
O Principio da Ausência
Dizia-me ontem Alexandre Coelho que há vinte e tal anos conheci no IFICT, e que depois de um percurso on road venho encontrar aqui, dizia-me ele com os olhos a faiscar, defendendo este Teatro de alguma descaraterização que pudesse vir de um ímpeto modernista, "o palco é o principio da ausência de luz, de espaço. É uma máquina que vai criar espaços, tempos".
Há o tempo que vivemos em cima do palco e o tempo que nele não vivemos. De manhã quando o teatro se começa a habitar com todos aqueles personagens que vão preenchendo os espaços vazios daqui até ao céu, notam-se no palco umas particulas de uma matéria indizivel e fluorescente que restou do dia anterior. Parece um nada, uma sem importância qualquer. Mas é vê-las agarrarem-se aos sapatos dos que nele passam e sentir que naqueles dez metros de negro que se atravessam, estas pessoas quotidianas, não teatrais, começam a movimentar-se como se possuidas por um estranho ímpeto.
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4 comentários:
Joaquim, tens algumas gralhas no post(este é um comentário parvo porque, de facto, queria dizer-te alguma coisa sobre o texto anterior e não posso). Quando corrigires será melhor apagares este comentário.
já corrigi. o teu comentário era oportuno, escrevi o post aos solavancos. ou melhor, num dia de net aos solavancos. 'brigado. mas não consegues inserir comentários no post anterior?
Conseguir, consigo. Simplesmente não me pareceu apropriado, digamos, em nenmhum sentido. Aliás fiquei com a ideia que também dispensavas comnetários àquele texto.
Assim é. Obrigado.
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