segunda-feira, setembro 27, 2004

O meu mercedes verde-alface

O primeiro jantar do Respirar prometeu, eu ceei umas pataniscas vegetarianas no Taborda, tu, une bonne demi heure após, esplanadando na Graça, enquanto eu tomo o café, entretens a fome com uma tosta mista. Vá lá que nos encontrámos para o café e para as greens, fazemos a agenda do dia seguinte, convoco-te para um encontro de fim de semana entre blogues, a certa altura tu falas em contaminações e eu apresso-me a despedir-me, deixei o anti virus ao lume, vou para casa, ao descer a damasceno monteiro, dou conta de mim, do sitio onde estou, das pessoas com quem estou, dos locais onde o meu olhar se liga, comunica, está uma noite fabulosa, noite dos pátios, das ruelas mouras, das luzes amarelas dos candeeiros, estas luzes de Lisboa, cidade branca, branca é a alma de quem procura na claridade da noite de breu, eclarité, tudo isto que vejo, que sinto, que me escapa entre os dedos, é o meu mercedes verde-alface.

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