quarta-feira, outubro 20, 2004

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Há perguntas, que a conseguirem ser, tem de ser nos olhos dos olhos. Percebi, da forma como perguntaste, que estavas tão longe de adivinhar o que era. Senão, nem perguntarias. Fecharias os olhos e esperarias que a sensatez que também já me conheces - eu chamo-lhe pavor redondo - aquietasse o homem escondido atrás do seu repente de coragem. Pode nem ser uma pergunta. Pode ser um abraço ou uma dança. Um beijo não. Um beijo será sempre uma possível resposta.

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