quarta-feira, novembro 24, 2004
A estranha razão de haver vida
Quem escreve isso merece amar a mulher que deseja amar. E eu só posso ficar aqui, a declarar uma admiração sem limites por esta estranha declinação de poesia e sabedoria: "As pessoas que andam a discutir o amor virtual esquecem-se de que o desejo acontece todo na cabeça. Como são pessoas preversas pensam em objectos estranhos, próteses e interfaces entre a carne e a máquina. Mas nada acontece sem ser na cabeça. A derradeira máquina é a cabeça. É a única que não tem blueprints, porque os deuses levaram os planos quando abandonaram os céus. Por isso se convencionou deixar à solta a sensibilidade e as artes. Para continuar à procura - no excepcional, no diferente e no inútil - a estranha razão de haver vida."
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