quarta-feira, novembro 17, 2004
Fúria
Fúrias, Destroços, Insanidade.
Venham juntos, rasguem babilónias de desesperos
e juntem-se a nós, onde se arranca o futuro, se mastigam rejeições, se estilizam tiques,
se vendem obsessões,
onde se apuram aflições.
Onde está a tua inspiração? A tua repulsa? O teu corpo? A tua sentença?
Juntem-se à invisibilidade dos mortos.
Os esqueletos vestidos sobem as ruas, tacteiam o frio das mentalidades, deslizam pelas portas, entram sem serem vistos, instalam a sua lassitude
envergando cópias de máscaras, omitindo os rasgões da condenação.
Unicórnios incendiados de fúria arrastam graças impassíveis.
Onde está um instante de salvação? Onde está a suprema ironia da impossibilidade?
Fiz Bem?!! O que é que fiz bem?!
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1 comentário:
Por vezes a fúria é a razão que faltava aos nossos gestos. Beijo :)
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