quinta-feira, dezembro 30, 2004

A humanidade inclinada

Há na nossa circunstância uma fina camada de bondade. Tudo o resto é, ou pode ser, tido por conta de uma narrativa peculiar. Aquelas histórias que, com mais ou menos ilustrações, nunca deixarão de ser isso, histórias que contamos. Esta tessitura frágil, não. Ela pertence-nos, é nosso património comum. Lá, nesse recanto, somos comunidade. Raras vezes nos detemos neste revestimento ténue. Aliás, quase nunca colidimos com este radical de simpatia. Simpatia enquanto inclinação pelas coisas, pelas pessoas, pelos lugares. Anda no ar, como pólen. É por isso que respirar é o primeiro de todos os actos políticos para este novo ano.

3 comentários:

mfc disse...

Olha, um grande (enorme) 2005.
...com tudo de bom !
Abraço apertado.

Anónimo disse...

Corro o risco de ser mal interpretada pelos 'tantos elogios' mas correria risco maior se por causa desse medo não prestasse justa e desinteressada homenagem à beleza de quem escreve com tanta pele, com tanto ar tanto mar, nessa meiga tessitura densa transparente. Isto da net é engraçado, não sabemos nem imaginamos as pessoas, ao vivo podem ser de um desinteresse enorme nas conversas ou ao invés revelarem-se extremamente interessantes e aí entra aquela vaga curiosidade. Confuso?
;)
Bom ano a vida toda, abraço carinhoso, festinha no nariz e perlimpim perlimpim que me vou até mais ver ou escrever.

Anónimo disse...
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