domingo, janeiro 09, 2005

A democracia para lamentar

No que toca à representatividade política, e há que perceber que a questão da representação é vital para a sobrevivência do nosso modelo de democracia, uma aproximação representados/representantes é decisiva para a qualidade da nossa vida politica. Vasco Pulido Valente - o qual gosto mais de ler do que citar, confesso - diz hoje com bastante pontaria que há uma franja reduzida de eleitos que são escolhidos pelo povo. O resto são escolhas impostas pelos partidos. É neste contexto que politicos menores, manobradores, podem perpetuar-se. Já aqui disse muitas vezes que comigo não contam para esse discurso de negação da política e de uma relativização de todos os comportamentos politicos como sendo medíocres. Esse é o programa de afirmação das tendências mais demagógicas da direita portuguesa, como foi o caso do PP de Manuel Monteiro e, em certo sentido, de Paulo Portas. Agora que vamos a votos e que, consequentemente, a vida politica portuguesa se vai agitar com slogans, ideias e projectos, era bom que este projecto de aproximar os eleitores dos seus eleitos chegasse ao seu destino.

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