segunda-feira, janeiro 03, 2005

Miragem

Da minha janela aberta sinto-o assim, sem lhe adivinhar a rota. Não sei de onde vem este vento frio e cortante que me devolve ao que sou. Deixo-o cair leve e branco sobre a minha vontade de me entregar completamente a esse deslumbre, vislumbre. No teu dessassossego, vejo a minha paz. Talvez seja miragem o vislumbre, fecho os olhos, levem-me os sentidos.

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