sexta-feira, janeiro 21, 2005

O Amor no Outono

Segundo encontro sobre o tema dos velhotes. Do tempo. Da duração. Algumas personagens prometem. Apareceu um velhote que em relação à sua falecida falava sempre no presente do indicativo. E uma velhota que com voz de colegial falava nos bilhetinhos que o namorado lhe deixava, nas flores que lhe oferecia, nos olhares, nos galanteios. São personagens retirados do mundo real. Ou outra que passa as suas tardes a dar comida aos pombos. É saboroso este retirar e pôr e voltar a colocar. Lá mais para a frente pensamos ir com este material aos Centros de Dia e Lares de Idosos, onde pretendemos apresentar o espectáculo, e provocar as conversas com os velhotes. Só pela aventura da expressão e da criação poderíamos ambicionar. como ambicionamos, perceber um pouco daqueles mundos, daquelas perdas, daqueles saboreios.

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