sábado, janeiro 22, 2005
Quem fala consente
Fechado em nós
O dia começou a cantar
E a nossa voz junto ao rio
A desembocar como uma rua
Que não se via pelo bréu ou pela névoa
Numa praça
Não demos notícia de o Redentor ter soçobrado
à densidade do ar
Não lembrarmos os versos
"o meu amor tem lábios de silêncio/
e mãos de bailarina"
o fim e o nosso início
partiu daquele zero
Em que as veias do corpo como raízes
(Todos próximos para mais quentes
termos dito ou pensado
Que era tarde)
A engolirem o espaço aberto e
A irem beber ao rio
Foi unânime, não voltaríamos
"se abrires muito os olhos
Hás-de ver tainhas"
Silêncio
Por mim não seria assim
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