terça-feira, fevereiro 22, 2005
20 de Fevereiro
A afluência às urnas dos portugueses em busca de estabilidade política é um factor a todos os títulos surpreendente. Milhares de anos volvidos de história da humanidade e estamos sempre confrontados com este unanimismo: desejamos todos ser felizes, termos uma sombra fresca para vermos os nossos filhos crescer e ambicionamos que o nosso mundo possa durar um pouco mais do que aquilo que a nossa vista alcança quando perscruta os nossos próprios horizontes de vida. A nossa única esperança enquanto comunidade não reside aí, no que nos une, sim no que nos separa e divide: a maneira como ao longo dos tempos o nosso conceito de felicidade foi incorporando ideias como o respeito pelo outro e pelo mundo e desapartando-se de uma lógica doméstica do nós por cá todos bem.
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