sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Quebranto

Ontem quando me sentei na esplanada com a Celta e, enquanto sorvia o meu chá de maçã e canela, pús em causa este meu procurar. Disse que às vezes me dava vontade de regredir no tempo, de me imaginar aninhado no colo da minha mulher e de sentir o Pedro aproximar-se, de mansinho, às nossas vidas. Das coisas tornarem ao antes de tudo isso ter deixado de ser possível ou sequer, desejável. Não me assustam estes quebrantos. Temerei mais quando eles se afastarem e fugidios, me atacarem com a vida que já nem ousem desejar em mim. Aí sim, serei digno de dó.

1 comentário:

maresia disse...

É bom, é mesmo muito bom, conseguir olhar para o caminho que já percorreste e sentires que fez sentido, muito sentido, no momento em que o percorreste. Saber que, se voltasses atrás, não terias de cansar-te a descobrir um outro, que de tudo ficou a memória do que valeu a pena. A saudade alegre de uma atmosfera que se soltou, mas não se perdeu.