vê lá, eu quando ouço falar dos direitos da, e mais ainda, no dia da mulher penso logo que me querem enfiar numa maioria ostracizada. a sociedade é tão hipócrita que prefere gastar, num só dia, assim como quem despacha um afazer que não apetece, bem mais dinheiro, supostamente em defesa dessa própria mulher, do que num ano inteiro em investigação sobre o cancro da mama... mais em panfletos que se perdem por aí, do que em condições para que as mulheres que padeçam dessa dor, não necessitem de esperar 3 anos para morrer antes de serem operadas. ou mais dinheiro em laçarotes pirosos, do que em criar condições para aquelas que tiveram a sorte de chegar vivas, possam reconstruir o seu corpo e o seu espírito como se isso não fosse apenas um mal menor, uma vaidade, meu deus.
no dia da mulher, ainda não sei bem porquê*, lembro-me sempre dos administradores do banco central europeu. vejam lá que, esses homens**, passam horas, dias, meses a fio a trabalhar para, no fim de cada um, terem de levar as nossas lamentações para a cama. porque a vida está cara, a economia perdeu-se algures, o dinheiro não chega nem para pagar as bitolas. ninguém pensa em dar um dia, um só dia dos seus 365 por ano, para pensar nessa minoria bafejada? deve ser por esses senhores não serem seres menores, como nós!
no dia da mulher, fez-se luz na cabeça tortuosa do M. chegou a casa, lembrou-se daquelas senhoras que lhe diziam à entrada do metro, que hoje era o dia da sua mulher. que a devia tratar com carinho. a mulher, Felicidade de seu nome, estanhou aquele olhar diferente. estranhou não sentir aquele punho forte em si. é que hoje, Felicidade, é o dia da mulher. mas amanhã, podes ir dormir descansada, bato-te a dobrar.
ah! quase esquecia, sabes qual é o pais com maior taxa de violência caseira, entre portas, da nossa europa? acertaste! o nosso portugal! existe apenas um pequeno pormenor, que nunca ninguém se lembra de pontuar, é que a nossa violência caseira de excelência é praticada por mulhers sobre os "seus" homens! os deuses devem estar loucos.
* deve ser porque nunca bati bem da bitola! ** que engraçado, porque disse eu "esses homens" e não esses seres, essas pessoas, essa gente. ah! deve ser por, uma vez que são uma minoria ostracizada não ia ficar bem querer englobar as que são maioria
Tem piada! Eu quando ouço falar dos direitos da mulher, grupo ao qual eu pertenço, também penso sempre que estão a falar dos direitos deles! Acho que és um gajo-gajo com toda a certeza, que parte do princípio que, tudo o que é feito pela e para a mulher, é feito para no fim agradar aos homens.
4 comentários:
vê lá, eu quando ouço falar dos direitos da, e mais ainda, no dia da mulher penso logo que me querem enfiar numa maioria ostracizada. a sociedade é tão hipócrita que prefere gastar, num só dia, assim como quem despacha um afazer que não apetece, bem mais dinheiro, supostamente em defesa dessa própria mulher, do que num ano inteiro em investigação sobre o cancro da mama... mais em panfletos que se perdem por aí, do que em condições para que as mulheres que padeçam dessa dor, não necessitem de esperar 3 anos para morrer antes de serem operadas. ou mais dinheiro em laçarotes pirosos, do que em criar condições para aquelas que tiveram a sorte de chegar vivas, possam reconstruir o seu corpo e o seu espírito como se isso não fosse apenas um mal menor, uma vaidade, meu deus.
no dia da mulher, ainda não sei bem porquê*, lembro-me sempre dos administradores do banco central europeu. vejam lá que, esses homens**, passam horas, dias, meses a fio a trabalhar para, no fim de cada um, terem de levar as nossas lamentações para a cama. porque a vida está cara, a economia perdeu-se algures, o dinheiro não chega nem para pagar as bitolas. ninguém pensa em dar um dia, um só dia dos seus 365 por ano, para pensar nessa minoria bafejada? deve ser por esses senhores não serem seres menores, como nós!
no dia da mulher, fez-se luz na cabeça tortuosa do M. chegou a casa, lembrou-se daquelas senhoras que lhe diziam à entrada do metro, que hoje era o dia da sua mulher. que a devia tratar com carinho. a mulher, Felicidade de seu nome, estanhou aquele olhar diferente. estranhou não sentir aquele punho forte em si. é que hoje, Felicidade, é o dia da mulher. mas amanhã, podes ir dormir descansada, bato-te a dobrar.
ah! quase esquecia, sabes qual é o pais com maior taxa de violência caseira, entre portas, da nossa europa? acertaste! o nosso portugal! existe apenas um pequeno pormenor, que nunca ninguém se lembra de pontuar, é que a nossa violência caseira de excelência é praticada por mulhers sobre os "seus" homens! os deuses devem estar loucos.
* deve ser porque nunca bati bem da bitola!
** que engraçado, porque disse eu "esses homens" e não esses seres, essas pessoas, essa gente. ah! deve ser por, uma vez que são uma minoria ostracizada não ia ficar bem querer englobar as que são maioria
Tem piada! Eu quando ouço falar dos direitos da mulher, grupo ao qual eu pertenço, também penso sempre que estão a falar dos direitos deles! Acho que és um gajo-gajo com toda a certeza, que parte do princípio que, tudo o que é feito pela e para a mulher, é feito para no fim agradar aos homens.
Pois eu acho que é só sinal de que já não faz muito sentido falar em direitos da mulher!
Parece-me óptimo sinal entende-los como de ambos!
nem mais. foi exactamente isso que eu quis dizer, com a minha tentativa de ironizar.
Enviar um comentário