domingo, abril 24, 2005
Mi Cago no Nacional-Porreirismo
Há situações incómodas e esta é uma delas. Tinha começado logo quando vi o cartaz do espectáculo Mi Cago en Dios anunciado na Abril em Maio para este fim de semana e para o próximo, associação da qual sou sócio e na qual fiz bons amigos. A peça era de R. de Haro. Achei estranho. Sou amigo de Ínigo Ramírez de Haro, o autor do texto, e sei que embora tenha tido problemas muito grandes em Madrid - é justo dizê-lo, o sucesso da peça também é indissociável dessa amplificação mediática- não haveria grandes motivos para a clandestinidade. Não, o motivo era bem mais simples, tentativa de fuga aos direitos de autor. Que é assim duplamente defraudado. Nem receberá aquilo que deveria receber ( e conhecendo-o mais à sua alma de aristocrata, presumo que não levantaria qualquer entrave a poder ser pago pela bilheteira) nem vê os créditos da carreira do espectáculo incluirem a estreia em Portugal ( e ele que tem um especial carinho para que Mi Cago en Dios possa ser visto entre nós. Ainda em Novembro me deu novamente o texto para que o tentasse divulgar em Portugal). Já passei pela situação de só ter sabido da representação de um texto meu depois da carreira da peça ter terminado e sei, é muito desagradável. E o que é que eu faço, pensei, entalado entre aquilo que tenho que fazer e o meu nacional-porreirismo? Que se lixe o meu nacional porreirrismo! Vou mandar um email ao Inigo, claro.
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1 comentário:
"A minha alma exaltou-me e mostrou-me que eu não sou mais do que o pigmeu, nem menos que o gigante "
K.Gibran
Quem cospe para o ar...
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