sexta-feira, abril 29, 2005

A um deus desconhecido

andar por entre os caminhos que as palavras abriram não é a mesma coisa que abrir caminhos. há um tempo nas palavras que já foi. que é passado. ou que é futuro. tal como para a S. os homens da sua vida são aqueles que vêm a caminho, o meu tema é o que não escrevi. não importa se são passado ou se se projectam no futuro. importa que não são, quem sabe, nunca serão. e dou-me conta de algo fantástico: é um dom da vida de cada um poder acreditar em Deus. dou-me conta claramente disso, não faço algum esforço nisso. e quando digo claramente, quero dizer isso mesmo, que a ideia desse acreditar me iluminou o rosto, o olhar; se eu pudesse acreditar em Deus seria mais sorridente. olharia tudo isto mais silenciosamente e nesse silêncio, abriria um profundo diálogo ontológico. morreria mais devagar. mas não acredito. nem ouso dizer que ele não quis que eu acreditasse nele. não é verdade. é por outro motivo, por outra razão, que não o renegando, o desconheço. bem aventurados os crentes porque deles é o reino e os céus.

2 comentários:

Anónimo disse...

A Fé é um dom. Quem acredita, vive mais leve.

Rita disse...

Vive-se mais leve quando se tem paz interior.

Para se ter paz interior não é necessário ter fé em um Outro.

Acho eu... agora...