quarta-feira, maio 18, 2005

Conta Corrente

Corria a água do duche quando me assomou uma inclinação para a conta corrente. Aos tantos de tal esta vida o quê? Nada me parece obra feita. Nem nas coisas e muito menos, nas pessoas. Não que não reconheça na amizade que me enlaça, uma vontade de durar. Tenho olhos cravados nos meus, sei-o. E agrada-me poder telefonar-te a qualquer hora do dia ou da noite. A minha insegurança e timidez não vai por esses caminhos. O problema não é esse. O problema é que aqueles que me amam são tão mortais, provisórios e transitórios como eu.

2 comentários:

Anónimo disse...

Contra a ruína não há solução, por isso: menos contas e mais corrente (que às vezes há passagens porreiras...)

maresia disse...

acabei de escrever uma coisa sobre a morte. sobre a condição completamente absoluta da morte.