terça-feira, maio 24, 2005
Quando somos pequenos brincamos muito com o medo para nos prepararmos para grandes
Toco-te e fujo-me. Cabra cega, abrir os olhos e ver negro, ser a cabra, adivinhando-te com o tacto transpirado das mãos. Quando te apanho é bom, ouço-te ofegante e acaba o jogo. "Rebenta a bolha". Apanhada com a adrenalina em níveis ilegíveis, só o coração a bater muito rápido. Um puxão na t-shirt, estacamos o passo, não corro mais, não se consegue. Saltar ao eixo, por cima das costas arqueadas dos amigos, peço sempre que se baixem um pouco. Tenho medo de cair, encalhar o joelho na tua cabeça. E cair de cabeça. Quarto escuro, debaixo da cama, dentro do armário, atrás da escrivanhinha alta, logo atrás da porta. Não sei porque tenho medo quando fico eu cá fora. "Entra de olhos fechados".
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2 comentários:
Uno aprende a caerse y a volver a levantarse. El miedo siempre está, el miedo no se aprende, no se va.
Prefiro entrar num quarto escuro do que sair dele. Tenho mais medo do que me apanha pelas costas do que o que me apanha pela frente. Mesmo assim, sempre fechei os olhos. Continuo a fazê-lo, é a minha forma de activar os outros sentidos.
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