quinta-feira, junho 09, 2005

21 graus e 22 minutos

As ruas tinham sido vividas intensamente, horas antes. Na Mouraria, havia festa e um carro parado, sintonizado na Feiticeira do Luís Represas. Mas eu não podia ficar, tinha viagem marcada para os Açores. Sem saber ainda que seria lá que iria descobrir que o mundo está muito ventoso. Disse-o ela, Adriana, a citá-lo, David, aquele que ensina os homens a respirar. Estávamos a meio do filme, e eu já tinha a minha frase. No regresso, a voz dele, David, a dizer-lhe que faz sempre muito frio à noite em Lisboa. E eu a olhar para as horas, e, no lugar delas, a ver o tempo. 21 graus, não fazia frio. Podia sentir, no entanto, o meu mundo muito ventoso.

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