terça-feira, junho 28, 2005
Questões do género
Se te deitares na marquesa todas as perguntas fazem sentido. Umas, descobres, fazem mais sentido do que outras. Mesmo que seja oculto. Como esta: há uma forma específica de ser gajo ou gaja? Há uns anos não teria hesitado. Lembro-me de uma pessoa com quem trabalhei e que me ensinou muito - embora eu fosse, devido aos nossos papéis, quem devesse porventura ensinar-lhe algo - dizer-me que um dia os seus filhos já não estaríam circunscritos à questão do genéro. Na altura, não fosse a extrema beleza e justiça com que ela falava da vida, fiquei hesitante. Passaram-se quase dez anos. E hoje não tenho alguma dúvida de que a questão do género é um ponto de partida e não de chegada.
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