segunda-feira, julho 11, 2005

Esteta sem fronteiras

Ontem ele pediu-me: - Vamos àquela loja do fundo, com o coiso verde. É a sua preferida. A 1,70 € deixo-o sempre trazer uma prenda. Enquanto ele procurava aquilo que queria, escolhi seis copos de vidro para os gastos imediatos. Quer dizer, para quebrar. Está-me na massa do sangue. Escolho uns de vidro, transparentes, com uma marca circular, um vinco no vidro, do topo à base. Uma mulher aproxima-se de mim, agarra em seis copos floridos, retira o pacote que eu tinha na mão, coloca-me o dos tais amrelos e azuis e verdes: - Esses são tão feios. Tão feios. Precisamos de coisas bonitas. Leve esses. Ainda pensei em reagir. Depois caí em mim e claro, peguei nos dois conjuntos, dei o primeiro ao Pedro, disse-lhe para ele se calar, subornei-o com um kinder surpresa. É incrível. A Paleta está há dois ou três em Portugal e já conseguiu arranjar associados na própria rua onde eu vivo.

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