segunda-feira, agosto 29, 2005
Ficar para trás na frente que isso é
Atraso-me. Atraso-me propositadamente. Tenho o tempo todo dentro da minha cabeça e deixo-me ficar para trás, intencionalmente. Sopra por aqui uma brisa. Um ar que se me deu. Leio que o núcleo da terra se desloca a uma velocidade diferente do que a massa exterior. Hoje a ciência vai aos lugares em que antes apenas Júlio Verne e o seu visionarismo conseguiam ir. Uma frase: "Sabemos mais da lua do que do chão que pisamos". Sabemos sempre menos do que está perto, próximo, dentro de nós. Porque nós nem existimos. Somos parcelas. E a consciência é já de si um fora de. Há uma coisa que me irrita ferozmente não saber: porque é que vivemos? porque é que andamos por aqui a construir camadas de nós que apenas têm como condão distanciarmo-nos de nós? Não percebo. Não percebo perceber.
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2 comentários:
eu também não.
bolas, estou tão fora do de mim. sei mais do outro do que sei do meu vazio. bolas! não percebo nada de nada.
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