sexta-feira, agosto 26, 2005

Voz interior

Ela telefona-me quando estou em pleno Rossio. O barulho dos carros. Das pessoas. Não a ouço. Desculpo-me com o telemóvel novo mas cá para mim penso, estás a ficar surdo. E só depois reaparo com quem falo. Ela, a da voz interior. A da voz sumida. Vá, lá, Guida, dá-me a tua voz exterior, aquela, digo-lhe, acabando com os temores de uma surdez não anunciada.

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