sexta-feira, outubro 21, 2005
21 de Outubro
Um dia irei encher os pulmões e de peito aberto contar a história do solestício de verão de 2005. Dizem que os dias do solestício estremecem de magia. Eu sei. Da mesma forma que tinha deixado de reparar nos bandos de aves migratórias, também me tinha esquecido dos solestícios. Dos dias pequenos dos equinócios. Tinha aliás deixado de reparar em muito do tudo que me diz. Às vezes parece que eu conto os dias desde o último solestício de verão. Não será assim. O que eu conto, é as coisas em que reparo, de que me dou conta. Dou conta por exemplo que estremeço sempre que te digo que te amo e que esse dizer estremecente está a ficar dentro de mim como se eu nunca tivesse falado com outro grão na voz.
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4 comentários:
Adeus!
Aos cais vazios cheios de nós.
stillforty, aqui no respirar já fizémos até apostas sobre este teu estranho comentário. há quem diga que tu és a minha amante secreta, outros disseram que isto só vem provar aquele diagnóstico de sonambulismo que me prescreveram aos sete anos, outros, como eu, sabem que foi um curioso engano na caixa do correio. ás vezes deixamos várias caixas de comentários abertas e depois trocamos os pés pelas mãos.já me aconteceu isso também, não é grave. grave seria não desmanchar o equívoco e deixar que essa voz que te fez estremecer não possa ser encontrada. felicidades.
...do Lat. solstitiu, parada do Sol
s. m., tempo e ponto da eclíptica em que o Sol, tendo chegado aos trópicos, parece estacionário durante alguns dias, antes de começar a aproximar-se novamente do Equador.
diz-se e escreve-se solstício e não "solestício".
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