quinta-feira, outubro 27, 2005

(...)

acordo no silêncio e nem é a casa, nem é da casa que brota o silêncio. o mar. também não é do mar que vem o silêncio, não sei se bravo hoje, se atordoante ou se seguro e brando nas marés do seu colo. mas não é do mar que vem o silêncio. de onde vem? preciso de me calar, falo demais, escrevo pouco, mas não deveria escrever nada sobre árvores, homens. e sentimentos. a escrever que escreva sobre o silêncio e o seu ruído vazio. quem faz esse silêncio que assoma? quem? o mar não é, a solidão também não. de onde vem então? calem-se, calo-me, quero ouvir de onde vem.

1 comentário:

a ortónima disse...

e descobriste de onde vinha esse silêncio? escutaste-o bem? q te disse?

vinha de ti?