sexta-feira, outubro 21, 2005

Cavaco, o politico amador

Cavaco e Silva surgiu enfim. Rodeado de uma auréola de providencialidade. Mostrando também que neste tempo em que esteve afastado da política profissional construiu um reforço de ego e auto-convencimento sobre as suas capacidades para o momento actual. E veio insistir na ideia de que não é um político profissional. É verdade que Cavaco está menos arrogante, mas é impressionante como ele mantém esta capacidade de desdenhar a política da qual se serve. Talvez os jornalistas menos embasbacados com os sound bytes possam esclarecer-nos se o ex-primeiro ministro aufere algum rendimento generoso por ter sido nosso governante. Se assim for, talvez ele não seja um politico profissional mas será um político remunerado profissionalmente. Há uma coisa que impressiona no país que recebeu Cavaco: Cavaco não será o homem que precisamos mas a situação actual do país é aquela de que Cavaco precisa para surgir como o homem providencial.

1 comentário:

Anónimo disse...

Alguns media, incluindo os do Estado (cujos gestores foram nomeados pelos governos anteriores), vêm produzindo alguns interessantes monólogos sobre o passeio pela avenida da liberdade de Cavaco Silva, para o que convidam vários participantes, todos fardados da mesma cor e todos direitinhos em frente dos pseudo-moderadores, não vá a pauta ser mal lida e a música desafinada.
Um diz que CS deve fazer assim (para o passeio ser mais deslumbrante), outro diz que ele precisa de fazer assado (visto nem haver concorrência à sua altura...), outro diz que sendo CS o máximo, não precisa de fazer assim nem assado, basta-lhe o mínimo.
E no fim desses monólogos todos sorriem uns para os outros e despedem-se dizendo uns para os outros, explicitamente ou implicitamente, que amanhã haverá mais sessões de propaganda (à custa do espaço hetziano e radioeléctrico, que é um bem público de todos).

Querem assim levar CS ao colo para ser campeão num campeonato repleto de batota. Um nojo e um insulto aos portugueses!