sábado, outubro 22, 2005
O voto indirecto
O aparecimento da candidatura de Cavaco e Silva, veio baralhar a minha inclinação de voto. Eu que tentei fazer ironia ao escrever aqui por Soares, contra Sócrates, tenho de rever a minha teoria. Ainda há pouco ao ler Lobo Antunes dizer que Cavaco era realismo e visão percebi que quem se opõe verdadeiramente a Cavaco é Manuel Alegre com a sua perspectiva utópica da nossa sociedade. Eu sei. Haverá muita gente que dirá que votar Alegre é votar indirectamente no Cavaco. Talvez, mas a esses reitero a minha preferência, eu ainda não me sinto preparado para votar em Cavaco directamente.
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3 comentários:
Alguns media, incluindo os do Estado (cujos gestores foram nomeados pelos governos anteriores), vêm produzindo alguns interessantes monólogos sobre o passeio pela avenida da liberdade de Cavaco Silva, para o que convidam vários participantes, todos fardados da mesma cor e todos direitinhos em frente dos pseudo-moderadores, não vá a pauta ser mal lida e a música desafinada.
Um diz que CS deve fazer assim (para o passeio ser mais deslumbrante), outro diz que ele precisa de fazer assado (visto nem haver concorrência à sua altura...), outro diz que sendo CS o máximo, não precisa de fazer assim nem assado, basta-lhe o mínimo.
E no fim desses monólogos todos sorriem uns para os outros e despedem-se dizendo uns para os outros, explicitamente ou implicitamente, que amanhã haverá mais sessões de propaganda (à custa do espaço hetziano e radioeléctrico, que é um bem público de todos).
Querem assim levar CS ao colo para ser campeão num campeonato repleto de batota. Um nojo e um insulto aos portugueses!
Defino-me como anti Cavaco...sei que é curto,mas a mim basta-me!
Boa, amigo. Tão bem dito.
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