quarta-feira, outubro 26, 2005

Os dias dos nossos sonhos

Poderemos imaginar Ícaro a sucumbir de uma gripe? Como sonharemos agora com a beleza, com a imortalidade, com esse voo de flamingo sobre os céus de Lisboa? O céu é da cor do mar, azul. Verde. Tenho o arco-íris dentro de uma ideia. Tropeço nela sem cair. Palavra vai, palavra vem. É assim que quero escrever sobre isto. Uma coisa que me chega ao pensamento. Não perceber. Saber que do outro lado da explicação há uma pandemia por explicar. Esta epidemia que me alastra no peito e que me aproxima de ti.

1 comentário:

Anónimo disse...

Levade, amigo, que dormides as manhãs frias,
Todales aves do mundo d´amor diziam:
leda mh-and'eu...
Vós lhi tolhestes os ramos em que sijam
e lhis secastes as fontes em que beviam:
leda mh-and'eu...
Nuno Fernandes (cantiga de amigo)