quarta-feira, novembro 23, 2005

Cobertor Eléctrico no Napron

De um lado do Cobertor Eléctrico está o Pedro Dias de Almeida, do outro, João Paulo Vieira. A coisa funciona assim, um coloca uma música no prato, o outro fecha os olhos, assim meio zen, depois abre-os com violência e coloca um responso sonoro e melódico que se pretende à altura. E estão toda a noite nisto. A ideia é destapar a noite aquecendo-a, tornando-a quente, a coisa vai correndo pelas horas da madruga, ao som das músicas que os nossos rapazes dos pratos têm dentro de si. Não são rappers nem carregam com os dedos nos discos, creio aliás que já nem usam vinil porque não gostam de alambar com o peso destas relíquias, são o Cobertor Eléctrico, começaram a fazer isto em casas particulares, convidavam para uns comes e uns bebes e quando já lá estávamos vinham com esta ideia da música ao desafio, a coisa pegou, ainda não criaram uma igreja, escola ou filosofia de ponta mas começam a ter seguidores, muitos, eu, sempre, hoje, ali entre a Rua do Norte e a da Atalaia, depois das onze e meia.

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