terça-feira, novembro 15, 2005
Traição
Sou um fingidor. Fingo que é ciúme o ciúme que deveras sinto. O meu ciúme não é feito de um só sentimento. Há dois, pode até haver mais, há pelo menos dois sentimentos. Um é a dor. Desde a minha infância neste mundo que tenho um lado de calimero. Dá-se-me e eu dou-me a esse afago de espirito. O outro é o prazer. Na posse do ciúme e porque sei que a traição que imagino quase nunca foi nem será, traio na minha imaginação.
Sabe-me quase sempre bem esta trair consubstanciado num devaneio.
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