sexta-feira, janeiro 27, 2006
Portugal a cores
Ontem na Biarritz, uma senhora de idade, mordiscava o DN ao mesmo tempo que comia o seu croissant com creme. Insurgia-se, levava a sua voz um pouco acima da conversa em surdina que ali sempre ocorre. Nem era contra o jornal, nem contra a jornalista, era essencialmente contra a testemunha, a tal jovem que tinha ido fazer um inquérito e que denunciara a violência de um funcionário contra um interno na Casa do Gaiato. E era compreensível que assim fosse. O que divide Portugal ao meio não é a Direita ou a Esquerda, é a linha da modernidade. Há gente que vive, trabalha e respira a nosso lado que já nasceu num país a cores. Este Portugal de duas cabeças já não é na Igreja e sim no shopping que se entendem.
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