quinta-feira, janeiro 26, 2006
Um nome
Não te conheço. Direi antes que não te conhecia. Terias certamente um nome. Sim, estava escrito em cima da tua cama. É um nome estrangeiro não o sei dizer bem. Posso tentar. Estás frio. Virado para a janela. O médico fecha-te o olhos e como é religioso, benze-te e eu fecho os olhos, nem sei para quê, não sou religiosa, mas espero, quer dizer desejo, que a partir de agora estejas mais quente. Possas comer. Falar. Olhar um campo. Rever alguém.
Em posição fetal, como uma criança que dorme, estás frio e és muito velho. Não te conheço. Disseste adeus e ninguém te ouviu.
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