quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Da violência do simbólico aos simbolos da violência
Um jornal dinamarquês publica uma caricatura de Maomé nas suas páginas quando tempos antes tinha recusado a publicação de imagens de Cristo consideradas ofensivas para a sensibilidade dos seus leitores. Fundamentalistas islâmicos que exultam com mensagens terroristas em nome de Maomé e Alá exaltam-se por que um cartoon associou a imagem de Maomé ao terror. Intelectuais europeus que vituperam a queima de bandeiras da Dinamarca, defendem os cartons dinamarqueses. Governos que dizem que a publicação destas caricaturas se situa na esfera da liberdade de expressão e publicação em vigor nas sociedades ocidentais são obrigados a virem diariamente tomar posição sobre estes acontecimentos.
Não, não me peçam para tomar posição. O absurdo não se comenta.
Vive-se.
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