domingo, abril 09, 2006
A (des)aparição
Eu também não gosto de falar da morte. A minha religiosidade secou e eu não sei onde entender esse profundo mistério da desaparição sem a mão amiga e companheira da religião. O que me aborrece nela não é o ser o fim. É ela ter essa capacidade de impedir a vida, ela mesma, cheia de si, de viço, de se manifestar. Nós sabemos isso. A literatura já o disse. A nossa intuição de seres morredouros já o descobriu. Como viveríamos nós se ela não se tivesse tornado uma obsessão contemporânea?
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1 comentário:
Uma vez descobri que a minha permanente interrogação sobre a morte, não era medo dela,inquietude ou desejo de...mas sim tão-só medo da vida e desde aí busco com todo o frenesim razões para lhe sobreviver.
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