Eles não quiseram morrer

A miséria das palavras: há na blogosfera gente de mais, demasiada gente, o que não quer dizer gente em demasia, a tentar centrar a discussão sobre a chacina de Caná nos actos de vontade do exército israelita, a tentar demonstrar o autêntico momento de publicidade negativa para os israelitas que foi a matança de Caná. Desqualificam-se estes bloggers por sua única e exclusiva vontade. Enquanto só com alguma bonomia se pode falar de actos de vontade naquela zona escaldante, na blogosfera portuguesa só perde a dignidade quem quer. Talvez para esses fosse um exercício com alguma produtividade analítica começarem um post com esta frase: "Eles não quiseram morrer!".

Talvez aí consigam demonstrar alguma empatia pela vida daqueles que morrem de um lado da barricada que não existe. Insisto, as crianças libanesas massacradas em Caná eram apátridas.