segunda-feira, outubro 16, 2006

Não me grites

Ontem, estava a preparar o almoço, ele veio distrair-me. Eu estava agitado, era muito tarde. Dei-lhe um berro com o meu vozeirão. Ele assustou-se e foi para o quarto. À espera que eu fosse ter com ele para aí começar a choramingar.
- Desculpa.
Silêncio.
- Vamos fazer um acordo. Eu vou tentar não em enervar e tu vais tentar perceber quando eu estou mais nervoso para colaborares comigo.
- Está bem.
- Eu sei que tu gostavas que eu fosse o super-homem, mas falta-me muita coisa.
- Eu não quero que o pai seja o super-homem.
- Não queres mesmo?
- Não, o pai é que está sempre a dizer isso. Eu só quero que o pai não grite comigo.

6 comentários:

cbs disse...

"não quero que o pai seja o super-homem... só quero que o pai não grite comigo"
Jpn Junior
:)

Mónica (em Campanhã) disse...

também nós, no nosso mundo miniatura, criamos às vezes uma paz violenta. a paz paz é que parece ser coisa de super homens.

o teu filho também é um lutador pela paz. foi por ele e pela paz, pela base, que um dia vim cá parar, um post que nunca mais esqueci: "fazer as bases pai".

Terra disse...

Eu (em voz "benevolente"): Então, outra nega a Português?...
Ela (em tom de gozo e antes que eu lhe atirasse com o meu caso "exemplar"): OK! Já sei, já sei, mas nem todos são uma super-mulher como tu.
Conclusão: nenhum filho gosta de super-pais(, eu acho).
:-/

mfc disse...

Nada de super qualquer coisa... basta sermos normais, atentamente normais.

Anónimo disse...

eu cá acho que o Pedro deve ser a reencadernação de um lama qualquer...

Carla de Elsinore disse...

ó amigo, sigo dizendo, o peter pan é o melhor de ti (até no blogue ;-))