sexta-feira, outubro 13, 2006
Regresso ao mesmo lugar
No regresso de um país que se diz maioritariamente muçulmano, ela visita um resort no Algarve que se diz uma janela aberta para o mundo. Depois de dias a pensar na igualdade entre homens e mulheres que já existe na lei mas não nas ruas deste país muçulmano, encontra dentro de portas um relações públicas sueco que veio para Portugal “atrás de uma alentejana”. Depois de dias a perceber, nalgumas subtilezas, que o guia turístico do país muçulmano levava pouco em conta as suas vontades (deixando sempre prevalecer as do homem que a acompanhava), ela vê o relações públicas do resort aberto ao mundo mostrar-lhe a pá e a vassoura, a tábua de passar a ferro e o balde com a esfregona, dizendo: “Aqui estão as coisas de que as senhoras gostam.”
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
abraço.
e no fim... a dúvida: tâmaras ou figos?
a abertura ao mundo ainda tem destas coisas de quando o mundo era fechado. E o que lhe respondeu ela?
É extremamente difícil fugir às raízes... é um labor para muitas gerações.
Se há denominador comum às diferentes civilizações, passadas ou actuais, em todas as latitudes (as excepções devem-se contar pelos dedos), é uma (esta) posição (mais subtil ou mais explícita) de "masculinidade".
Enviar um comentário