quinta-feira, dezembro 14, 2006
O Pequeno Baterista
Os ritmos do WOK entram por todos os espaços do Teatro. As paredes tremem, mas tremem de contentes.´Não é bem um sismo, mas nas placas tectónicas da memória deste lugar tem o significado de um tremor, de uma agitação. Na plateia mais de uma centena de crianças eufóricas com a exuberância ritmica. Menos o Paulo. Nos seus sete anos, assustou-se. Ficou no átrio, onde estão expostos os produtos do merchandizing dos Toca a Rufar, entre eles, uma bateria. E lá está ele, na sua cadeira - tem paralisia cerebral - a tocar nos pratos da bateria. Falamos. Por momentos torno-me seu amigo. E eu digo-lhe, dado o acerto com que bate nas tarolas e nos pratos, cá para mim vais ser um grande baterista.
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