sexta-feira, dezembro 22, 2006
Os nossos dias inventados
Uma das coisas que sempre me seduziu neste blogue foi esta ideia de que toda a memória é um acto ficcional do sujeito debruçado sobre o seu inventário existencial. Claro que a organização da nossa memória colectiva e individual confere a primazia ao sujeito nesse acto de rememorejar, dando-lhe até uma condição de objectividade. Aquilo que nos aconteceu, parece ser do domínio do factual. Não é. Nunca nos aconteceu nada nem de futuro, algo nos acontecerá. Acontece-nos.
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