quarta-feira, janeiro 24, 2007

Desculpe, foi engano

Subo a Rua da Trindade, do Carmo para o Teatro. O passeio é apertado. A meio da rua uma mulher. Sorri. Abre os braços. Pensei que era uma adepta daquele vídeo dos abraços livres. Sorrio. Abro os braços e tiro os óculos de sol, costumo fazê-lo. Aí a mulher baixa os braços, retira ao sorriso roda a intencionalidade ficando nele apenas um resíduo biológico e diz-me:
- Desculpe, foi engano!
Subo, meio desiludido, o resto da rua. Não era engano nenhum. Eu estava mesmo a precisar daquele abraço.

5 comentários:

Elisa disse...

:-)

IPQ disse...

Aqui fica o meu.

Anónimo disse...

Sorri e lembrei-me....
Há uns anos, num fim de tarde ensolarado, de regresso a casa vinda dos "esgotos da (des)humanidade", quase a dobrar a esquina que me levaria ao ninho, vi... sem "ver"... uma mulher com uma criança pela mão.
De súbito a criança larga a mão, numa corrida, atravessa a rua direita a mim e pára junto aos meus pés.
Parei atrapalhada...
Olho para baixo (ela dava-me pelos joelhos) e vejo uns olhos imensos sobre um sorriso emoldurado a caracóis negros...e uma vozinha que diz:
- Dás-me um "beixinho"?
Ajoelhei e dei o "beixinho" embrulhado em sorriso feliz.... Ela corre de novo para a mãe que se ri deliciada...
Nunca mais a vi...nunca mais a esqueci :)

paula. disse...

:)

Anónimo disse...

akele abraço k retribuimos aos amigos pk lá no fundo sabemos k eles precisam...
espirito