quinta-feira, fevereiro 22, 2007

A tortura do pensamento não acaba no deixar de pensar. A verdade é que a
tortura do pensamento
nunca acaba. É com fadiga que pensamos,
é no cansar do pensamento
que deixamos de pensar.
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O deixar de pensar tem todo o encanto de um não-lugar. Mas não é um não-lugar. É um lugar onde as pessoas vão, e muitas vezes nem precisam de ir, ficam, e onde o torniquete do pensamento parece libertar.
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O avanço do totalitarismo na estepe humana, sabe-o.
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Não há nenhum charme invísivel na tortura do não-pensamento.
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Tudo isto poderia ser dito de outro modo. E seria, provavelmente, mais compreensível. Mas nem sempre há uma hermenêutica disposta a saltar da cama e a ir ter com o intangível. O que eu tento dizer não morre nas minhas palavras.

1 comentário:

maresia disse...

Porque é que sempre que aqui venho me sinto tão deprimida e no entanto não consigo deixar de aqui vir sentir-me assim tão docemente deprimida...